De 20 a 23 de outubro de 2015, realizou-se na República Dominicana o 12º Encontro Internacional Mulher e Saúde, com a participação de 175 mulheres de 40 países (América Latina, África, Ásia, Caribe, Estados Unidos, Europa) e com a representação de uma grande diversidade de setores de mulheres – jovens, adolescentes, velhas, lésbicas, com deficiência, afrodescendentes, camponesas, urbanas, indígenas, migrantes, entre outras).
O tema deste encontro foi o impacto das políticas neoliberais e dos fundamentalismos religiosos e do conservadorismo sobre a saúde das mulheres e a busca de estratégias para reafirmar o direito à saúde das mulheres como um direito humano fundamental. O encontro gerou uma forte Declaração de posição política em que conclama aos países a garantia da atenção integral à saúde das mulheres, com o respeito aos direitos sexuais e reprodutivos e autonomia das mulheres.
Durante o encontro houve 4 fóruns (afrodescendentes, lésbicas, jovens e sobre aborto) e 4 painéis que contaram com a participação de 39 expositoras e 9 moderadoras de todos os continentes.
Realizaram-se ainda 25 Oficinas sobre diversos temas relativos à saúde, arte, cultura, sexualidade, e várias reuniões – a Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe (RSMLAC) realizou vários encontros, como de seu Conselho Diretivo com o Conselho Consultivo e de integrantes de diferentes continentes para discutir a sede do próximo encontro, que deverá ocorrer no continente africano.
Quanto às atividades culturais, ocorreram 2 shows de música caribenha e ao final uma Marcha ao Palácio do Governo, ao qual se somaram as mulheres dominicanas. Uma comissão, coordenada pela Coletiva Mujer e Salud, organizadora do 12º EIMS e com representes do Comitê Internacional organizador do Encontro, entregou uma copia da Declaração para o Presidente da República.
Do Brasil participaram do 12º EIMS 8 mulheres, sendo 5 da Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (Clair Castilhos (SC), Maria José Araújo (BA, membro do Comitê Internacional), Telia Negrão (RS, Membro do Comitê Internacional), Fátima Oliveira (MA), Alaerte Leandro (PR), que integraram mesas de discussão sobre os temas dos impactos do neoliberalismo sobre os sistemas de saúde e na saúde das mulheres, os fundamentalismos e suas consequências sobre os direitos sexuais e reprodutivos e a saúde das mulheres e as agendas e estratégias dos movimentos de mulheres em saúde. Estiveram presentes ainda Carla Batista (Cladem), Rosângela Talib (Católicas pelo Direito de Decidir) e Clarananda Barreira (Rede de Jovens).
Para sua realização, o 12º EIMS, que já ocorreu em 11 países diferentes em 30 anos de existência, contou com o apoio de agências internacionais do Sistema ONU, como a Organização Mundial da Saúde, Organização Panamericana de Saúde, Fundo de Populações das Nações Unidas, Onu Mulheres e União Europeia, além de agências internacionais como como ARROW, OXFAM, FORD, e entidades dominicanas, como CIPAF, Conselho Nacional de Mulheres Camponesas de RD e Associação de Enfermeiras da RD. (Nota elaborada pela Comissão de Comunicação do 12º EIMS, adaptada ao Brasil por Telia Negrão)
Para ver as fotos do evento, acesse: https://www.flickr.com/photos/produccionesymilagros/albums/72157657988526763
Programa de Gênero e Religião 
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